05/02/2010

A Problemática da Geração de Resíduos

Por Rafael Barcellos - Engenheiro Civíl e especialista em Gestão Ambiental

A um passo de alcançarmos o fim da primeira década do século XXI, o desenvolvimento industrial adquirido ao longo de aproximadamente 200 anos facilitou bastante nossas vidas. Porém, para tudo existe um custo.



Muito se fala a respeito da velocidade em que o mundo se desenvolve, tecnologias que são criadas, etc. Mais adiante se reflete sobre os impactos que este “desenvolvimento” tem sobre nossos recurso naturais. É de se esperar que os recursos naturais que dispomos hoje não sejam suficientes para este “way of life” em que vivemos. E não são. Sabemos que nosso estilo de vida já consome mais recursos naturais que o planeta nos disponibiliza. O ritmo acelerado de produção e consumo acarreta em uma demanda por recursos naturais que seriam necessários mais de um planeta Terra para suprir tais necessidades.



Infelizmente, nossa preocupação com o limite do crescimento não para por ai. Além de todo o problema de consumo desenfreado de recursos naturais, nos deparamos também com a problemática da geração de resíduos. A questão que se coloca não é apenas de refletirmos em onde destinar nossos resíduos, mas também de como podemos fazer para reduzir essa capacidade de criarmos produtos cada vez mais descartáveis e embalagens que vão da prateleira do supermercado direto para o lixo do consumidor.



É incrível como há produtos e embalagens que só servem para engordar nossas latas de lixo. Entre estes, vale citar as embalagens de pasta dental. Será que não seria possível vendermos tais bisnagas sem suas embalagens de papel? Quanto recurso natural economizaríamos? Outro produto fabricado em larga escala que tem como destino direto nossas latas de lixo, é o saco plástico. O saquinho de supermercado, como é conhecido, já está enraizado em nossa cultura como embalagem definitiva para nosso lixo doméstico. Convenhamos que se trata de uma solução prática e eficiente. Contudo, a forma que estamos consumindo este material está longe de ser ideal. Não há limites para levar sacos plásticos nos supermercados e, a conseqüência disso é a poluição nas cidades e nos mares, causando a morte de peixes e tartarugas.



Portanto, já é hora de começarmos a ponderar a respeito do consumo. Não só o fato de reduzirmos o consumo de produtos fúteis, mas também embalagens desnecessárias. Afinal, queremos levar para casa uma TV ou uma TV, isopor, caixa de papelão, plástico bolha, (...)?

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