25/02/2010

Participem do 5° Dia de Viveiro no Recanto do Sossego

O Grupo Ideias Verdes foi criado em 2008 com o objetivo de realizar pesquisas e projetos na área ambiental. Atualmente estamos realizando diversas atividades experimentais no sítio “Recanto do Sossego”, em São Gonçalo do Amarante, que tem servido como laboratório para nossas práticas.

Gostaríamos de convidar todos os amantes da natureza que estiverem de bobeira no próximo domingo (28/02) para participarem do 5° Dia de Viveiro no Recanto do Sossego. O Dia de Viveiro é uma oportunidade para a articulação, integração e colaboração entre pessoas que tem um objetivo em comum: Fazer a sua parte por um mundo melhor!


PROGRAMAÇÃO:

9h Roda de conversa sobre os projetos do grupo e as atividades que serão realizadas no dia e divisão das equipes;
10h Grupo 1: Continuação da construção da Horta Mandala;
      Grupo 2: Manutenção das composteira e viveiro;
      Grupo 3: Plantio de sementes de árvores nativas;
13h Delicioso almoço vegetariano (R$ 3,00);
14h Atividades livres e confraternização com muita música e alegria!


Estamos arrecadando garrafas pet, caixas de leite, saquinhos de feijão, arroz, farinha... e óleo de cozinha usado. As doação poderão ser levadas no Dia de Viveiro ou entregues no Instituto Social Íris que fica na Avenida dos Pinherais, nº 684 em Neópolis.

15/02/2010

Curso de Bioconstrução - Sauipe

Olá amigos!

Estamos "postando" aqui pra vocês os vídeos do curso de bioconstrução ministrado pela  galera do Sauipe de Viçosa (RJ). O pessoal entrou em bambuzal localizado na Universidade Federal de Viçosa com os participantes do curso de bioconstrução e ensinou as técnicas de manejo e depois na área de prática foi ensinado a utilizar o bambu como uma estrutura de uma construção.


 




Earth Mother Water - Carlinhos Brown

Tecnologia ianomâmi - Livro em português compila vegetais usados pelos índios em seu dia-a-dia

Mais de 33 mil ianomâmis vivem em 192 mil km2 no Brasil e na Venezuela. Têm quatro línguas separadas, mas inteligíveis pelos falantes: ianomâmi, ianomae (ou ianomam), sanema e ninam (ou ianam). Entendem-se bem, igualmente, na confecção de arcos e flechas.

Para o arco emprega-se em geral a madeira das palmeiras Bactris gasipaes -a pupunha, que em ianomae se chama "rasa sihi"-, Oenocarpus bacaba ("hoko sihi") ou Oenocarpus bataua ("kõanari sihi"). Também se usa a madeira dura das árvores do gênero Swartzia ("paira sihi").

A técnica para alisar o arco constitui capítulo à parte. A raspagem é feita com um dente canino de caititu (o porco-do-mato Tayassu tajacu, "poxe naki"). Ou, então, com a concha afiada do caramujo terrestre Megalobulimus oblongus ("sinokoma aka"). Hoje também se usam facas de metal. O polimento final fica com as folhas ásperas de Pourouma bicolor ("õema ahi").

A corda do arco se confecciona com fibras das folhas das bromeliáceas do gênero do abacaxi, Ananas ("yãma asiki"). Ela é tratada com resina vermelha da árvore Inga alba ("moxima hi"). No passado, quando Ananas ainda não era cultivada pelos ianomâmis, as cordas eram feitas com fibras da entrecasca de Cecropia obtusa ("xiki a").

As flechas dos ianomâmis chegam a medir 2 m e são feitas com os pedúnculos da cana-de-rio Gynerium sagittatum ("xaraka si"). Recebem penas de mutum fixadas com um fio delgado de algodão comum cultivado e tingido de roxo com extrato de folhas de Picramnia spruceana ("koe axihi"), ou de vermelho com o universal urucum (Bixa orellana, "nara xihi").

É melhor nem começar a falar das pontas das flechas. Há pontas em forma de arpão para matar aves, peixes e pequenos mamíferos, pontas lanceoladas para caça de grande porte, pontas entalhadas impregnadas com resinas alucinógenas que relaxam os músculos dos macacos e aceleram sua queda das árvores...

Faltaria espaço para enfileirar os nomes científicos ocidentais e ianomâmis para as dezenas de vegetais empregados. E isso tomando em conta um único utensílio do cotidiano indígena. Esses detalhes fascinantes da tecnologia indígena aparecem em profusão no livro

"Urihi A -A Terra-Floresta Yanomami", de Bruce Albert e William Milliken. Lançado pelo Instituto Socioambiental, é a primeira versão em português de um paciente trabalho de etnobotânica realizado principalmente na aldeia Watoriki, entre 1993 e 1994.

Experimente ler o capítulo intitulado "Plantas usadas para construção". A casa coletiva circular de Watoriki, uma peça maravilhosa de arquitetura, é coberta com meio milhão de folhas da palmeira rasteira Geonoma baculifera ("paa hanaki").

Seus 867 caibros foram confeccionados com madeiras de oito espécies de árvores. A maioria dos 185 postes que sustentam o telhado de duas águas são de Manilkara huberi ("xaraka ahi"), a popular maçaranduba da construção civil brasileira. São ao todo 1.627 peças de madeira no "yano", habitado desde 1993.

Albert e Milliken compilaram também mais de 200 plantas na farmacopeia ianomâmi. Trata-se de um número tão ou mais alto que o acervo utilizado por pajés de muitos outros povos amazônicos.

A maioria desses vegetais também está presente nas culturas de outros índios da região, assim como os vegetais empregados em utensílios e na construção. Mais que uma ciência e tecnologia ianomâmi, é de um núcleo amazônico de usos da floresta que fala esse belo livro.

MARCELO LEITE é autor de "Darwin" (série Folha Explica, Publifolha, 2009) e "Ciência - Use com Cuidado" (Editora da Unicamp, 2008).
Blog: Ciência em Dia.( cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br ).
E-mail:cienciaemdia.folha@uol.com.br

Pesquisadores do IPT publicam soluções para o aproveitamento e reúso de água de chuva

Fonte: Portal do Meio Ambiente

Uso Racional de Água e Energia: Conservação de água e energia em sistemas prediais e públicos de abastecimento de água é o título do quinto volume da série do Programa de Pesquisa em Saneamento Básico – PROSAB, programa gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP. Produzido pelos pesquisadores do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento do Centro de Tecnologia do Ambiente Construído (CETAC) do IPT, em rede com seis outras instituições de pesquisa, o livro tem sua versão eletrônica disponibilizada para download gratuito.

Com conceitos, metodologias e soluções práticas para o aproveitamento de água de chuva e reúso de águas cinza, o livro destaca uma demanda que se intensifica no mercado. Destina-se a projetistas, fabricantes de componentes prediais, construtores e estudantes de graduação e pós-graduação. São apresentados também estudos e soluções para a conservação de água e energia no ambiente predial e público.

Os mais recentes dados sobre a pesquisa obtidos no IPT referentes ao aproveitamento de águas pluviais estão no livro recém colocado à disposição do meio técnico. A publicação traz resultados de medições de sistemas de água de chuva realizadas em campo e laboratório para as condições do clima no país. Wolney Castilho Alves, pesquisador responsável pela Seção de Saneamento do CETAC, diz que esses dados são importantes para o projeto de componentes e sistemas em nossas condições. “Filtros fabricados na Alemanha, por exemplo, podem não funcionar bem aqui porque lá não ocorrem precipitações intensas como as observadas no Brasil”.

A Rede 5 do PROSAB, da qual o IPT faz parte, enfoca o cenário de escassez de recursos hídricos e o alto grau de degradação de mananciais observados em grandes centros urbanos no Brasil e em todo o mundo.

Para fazer download de livros do PROSAB acesse: http://www.finep. gov.br/prosab/ produtos. htm

Para compra da versão impressa procure as livrarias da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Povos do Xingu contra licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte

Prezad@s

Mensagem do Deputado Federal Chico Alencar (PSOL) com questionamentos dos índios e povos do Xingu com relação ao licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte.

Esse texto pode ser visualizado no site do Deputado através do link: http://www.chicoalencar.com.br/portal/pronunciamentosdo.php?codigo= 19

 
Fonte da imagem: sosriosdobrasil.blogspot.com

Belo Monte: feiúras

10/02/2010


No dia 1°de fevereiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concedeu licença prévia para a construção da Usina de Belo Monte no Rio Xingu. Uma das joias da coroa do PAC. O Governo Lula anuncia a geração de 100 mil empregos e investimentos de 16 a 30 bilhões de Reais para geração de 11.233 MW. Fala-se em terceira maior hidrelétrica do mundo. Mais uma vez o Governo Brasileiro repete o discurso do Brasil Grande, o Brasil potência. A euforia desenvolvimentista, comum na Ditadura Militar, está de volta!



Sem medo de serem tratados como inimigos do progresso, movimentos sociais, indígenas, ambientalistas e especialistas têm feito algumas perguntas incômodas: quem será abastecido pela energia produzida? Os moradores das grandes cidades? Ou as mineradoras e siderúrgicas que pagam menos que o cidadão comum para ter acesso à energia? Quem financiará a construção da Hidrelétrica? Quais os impactos socioambientais? Como ficarão os povos indígenas que moram na região? Quais as conseqüências para a vida de ribeirinhos e agricultores familiares? Quais medidas o Governo adotará para que o afluxo de milhares de pessoas à região não cause mais devastação, violência e prostituição? Não existem outras fontes de geração de energia?

Quando o assunto é a construção de hidrelétricas no interior da Floresta Amazônica, a História demonstra que a precaução é mais do que necessária. Dois exemplos: na construção da Usina Balbina, 2,3 mil Km2 foram inundados incluindo 30 mil hectares da Terra Indígena Waimiri-Atroari para produzir apenas 250 MW; moradores que vivem próximos a Usina de Tucuruí, passados 25 anos de sua construção, ainda não têm acesso à energia elétrica.

O Governo, ao invés de se abrir para o debate com as comunidades que serão atingidas, tem optado por se fechar ao diálogo e ceder à pressão das grandes empreiteiras. É grave o posicionamento da Advocacia Geral da União com apoio do presidente da República que ameaça processar membros do Ministério Público que coloquem em questão a construção da usina de Belo Monte, bem como a pressão sobre funcionários do IBAMA, que acabaram pedindo demissão para não se verem obrigados a assinar o licenciamento. O cacique Raoni afirma que, em 2007, ouviu do presidente Lula a promessa de jamais autorizar este empreendimento. Quanta incoerência para um governo que se arvorou na Conferência Internacional de Conpenhague como defensor do Meio Ambiente!

Registro o alerta dos movimentos que se articulam para questionar a construção da Hidroelétrica de Belo Monte:

Carta de repúdio e de indignação do Movimento Xingu Vivo para Sempre contra a liberação da licença prévia da UHE Belo Monte

Nós, do Movimento Xingu Vivo para Sempre, vimos manifestar nosso repúdio e nossa indignação contra a liberação da licença prévia da UHE Belo Monte, e denunciar o descaso dos órgãos governamentais envolvidos na implantação desta usina, para com o cumprimento das leis que regem esse país, a democracia e o respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs brasileiros. No dia 01 de fevereiro de 2010, aqueles que em tese nos representam, ao assinar a famigerada licença, comprometeram o futuro dos povos desta região e de nosso patrimônio maior, o rio Xingu.

Nós, moradores dos travessões da transamazônica, das margens do Xingu e de seus afluentes, das reservas extrativistas e terras indígenas, das áreas rurais e das cidades desta região, construímos nossas vidas ao longo de décadas, com tanto amor, suor e dedicação, em torno do rio Xingu, o coração de nossa região e de nossas comunidades. Organizamos nossas vidas em torno deste rio que sempre foi fonte de vida, muitas vezes a única via interligando nossas comunidades, caminho principal para nossas terras, nossas escolas, nossos cemitérios e sítios sagrados, porta de entrada para o resto do mundo. Nós que temos uma relação de amor e respeito pelo rio, pela vida e pelos povos, não assistiremos de braços cruzados aos desmandos daqueles, que desde Brasília, se crêem legitimamente empoderados para decidir o futuro de nossa região, sem nos consultar, sem nos ouvir, sem nos respeitar e alguns sem ter jamais colocado os pés em nossa região.

Questionamos a atuação dos órgãos governamentais de controle e ambiental no desenrolar desse processo. Denunciamos a rapidez e o atropelo que marcaram as diversas etapas do licenciamento ambiental de Belo Monte e a falta de transparência com a omissão de diversos documentos que deveriam por lei estar disponíveis para a sociedade através do site do IBAMA. Afirmamos mais uma vez, que não fomos devidamente consultados e ouvidos durante o processo, apesar de termos requerido novas audiências públicas e oitivas indígenas junto a diversos órgãos. E ficamos extremamente preocupados com a irresponsabilidade daqueles que concederam esta licença prévia: será possível que as graves lacunas identificadas pela equipe de analistas ambientais nas conclusões do Parecer Técnico do IBAMA no. 114/2009, do dia 23 de novembro de 2009, foram inteiramente sanadas em apenas dois meses, de forma a que este mesmo órgão ateste a viabilidade da obra no dia 01 de fevereiro de 2010?

Não assistiremos passivamente a transformação de nosso território em um imenso canteiro de obras para a construção de uma usina, que não produzirá 11.000 mW (e sim 4.000 mW de energia média!), nem energia barata (as tarifas energéticas no estado do Pará estando entre as mais altas do país!), muito menos limpa (aqui sentiremos para sempre danos socioambientais irreversíveis) e certamente não para este Estado! Nem o rio Xingu, nem nossas vidas estão à venda e portanto não aceitaremos a implantação de uma usina que somente beneficiará o capital das grandes empreiteiras, mineradoras, indústrias siderúrgicas nacionais e estrangeiras.

Somos povos combativos e há 20 anos resistimos à esse projeto. Saibam que nossa luta continua, que a aliança entre os povos da região se fortalece a cada novo desafio, que nossa causa vem conquistando novos aliados àcada dia, ganhando uma dimensão que não conhece fronteiras.

Diante disso, afirmamos que caso a usina de Belo Monte venha a ser executada, todas as desgraças e mazelas oriundas deste projeto estão creditadas na conta de todos aqueles que, em desrespeito à todos os povos da Bacia do Xingu, compactuaram com essa tragédia.

Movimento Xingu Vivo para Sempre!
Agradeço a atenção.

Sementeiras Ecológicas

05/02/2010

Dia de Viveiro - Dia 7 de Fevereiro

Entonces pessoal...



Para dar continuidade a construção da Horta Mandala, estaremos indo ao Recanto do Sossego em São Gonçalo, no próximo domingo as 9 horas da manhã! Convidamos a todos a participarem conosco de mais um dia com a mão na enxada, rangos vegetarianos preparados pela nossa top chef  Paulinha e muito suquinho de cajú.



Além da construção da Horta, estaremos também fazendo a manutenção do viveiro e das composteiras e semeando pau-brasil.



Continuamos com a campanha para a coleta de garrafas pet, tetrapak, óleo de cozinha e sementes de árvores nativas. Esses itens podem ser encaminhados para o Instituto Social Íris no seguinte endereço:
Av. dos Pinheirais, nº 684 - Bairro Neópolis



Os interessados em participar de nossas atividades e conhecer melhor nosso trabalho podem entrar em contato através do e-mail : ideias.verdes@yahoo.com.br ou pelo telefone: 8812-1007 (falar com jéssica).



Aguardamos a presença de vocês!!!



Inté!

Curso de Bioconstrução Popular em Recife

Atenção caros amigos potiguares!


Bem aqui pertinho de nós, na Zona Rural de Recife, irá rolar um curso de Bioconstrução Popular. Quem está organizando é o pessoal do Ecocentro Bicho do Mato com o Educador e Bioconstrutor Luiz Vieira. O curso começa dia 30 de abril e vai até 8 de maio e tem o valor de 500 reais com hospedagem e alimentação inclusos. Fica aí a dica aos interessados!

Para entrar no site do Ecocentro Bicho do Mato clique no título desse post.


A Problemática da Geração de Resíduos

Por Rafael Barcellos - Engenheiro Civíl e especialista em Gestão Ambiental

A um passo de alcançarmos o fim da primeira década do século XXI, o desenvolvimento industrial adquirido ao longo de aproximadamente 200 anos facilitou bastante nossas vidas. Porém, para tudo existe um custo.



Muito se fala a respeito da velocidade em que o mundo se desenvolve, tecnologias que são criadas, etc. Mais adiante se reflete sobre os impactos que este “desenvolvimento” tem sobre nossos recurso naturais. É de se esperar que os recursos naturais que dispomos hoje não sejam suficientes para este “way of life” em que vivemos. E não são. Sabemos que nosso estilo de vida já consome mais recursos naturais que o planeta nos disponibiliza. O ritmo acelerado de produção e consumo acarreta em uma demanda por recursos naturais que seriam necessários mais de um planeta Terra para suprir tais necessidades.



Infelizmente, nossa preocupação com o limite do crescimento não para por ai. Além de todo o problema de consumo desenfreado de recursos naturais, nos deparamos também com a problemática da geração de resíduos. A questão que se coloca não é apenas de refletirmos em onde destinar nossos resíduos, mas também de como podemos fazer para reduzir essa capacidade de criarmos produtos cada vez mais descartáveis e embalagens que vão da prateleira do supermercado direto para o lixo do consumidor.



É incrível como há produtos e embalagens que só servem para engordar nossas latas de lixo. Entre estes, vale citar as embalagens de pasta dental. Será que não seria possível vendermos tais bisnagas sem suas embalagens de papel? Quanto recurso natural economizaríamos? Outro produto fabricado em larga escala que tem como destino direto nossas latas de lixo, é o saco plástico. O saquinho de supermercado, como é conhecido, já está enraizado em nossa cultura como embalagem definitiva para nosso lixo doméstico. Convenhamos que se trata de uma solução prática e eficiente. Contudo, a forma que estamos consumindo este material está longe de ser ideal. Não há limites para levar sacos plásticos nos supermercados e, a conseqüência disso é a poluição nas cidades e nos mares, causando a morte de peixes e tartarugas.



Portanto, já é hora de começarmos a ponderar a respeito do consumo. Não só o fato de reduzirmos o consumo de produtos fúteis, mas também embalagens desnecessárias. Afinal, queremos levar para casa uma TV ou uma TV, isopor, caixa de papelão, plástico bolha, (...)?

Chamada para a II Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente


Está aberto o prazo para envio de filmes/curtas/ curtíssimos para compor a II Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente - Circuito Tela Verde, que devem ser enviados ao Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/SAIC/MMA) , até 30 de março.

Os filmes devem ser produzidos em processo educomunicativo, ou seja, em conjunto com a comunidade, e abordar a temática socioambiental. Estruturas educadoras como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos Educadores, bem como redes como Rejuma, Com-Vidas, e escolas também podem participar orientando e encaminhando suas produções. Para tanto, serão aceitos vídeos produzidos com os mais diversos recursos: filmadora, câmera de celular com boa resolução, câmera digital.

O Circuito Tela Verde é uma mostra nacional de produções audiovisuais sobre experiências de projetos de educação ambiental, opiniões, visões de mundo e modos de vida dos membros de comunidades locais sobre o meio ambiente, os problemas e as responsabilidades ambientais, para exibição em espaços educadores como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos Educadores, cineclubes, escolas, cooperativas. Utilizando metodologias de educomunicação, os filmes devem servir de subsídio para o debate, trazendo uma importante contribuição para compreender como as comunidades tomam parte nos processos da gestão ambiental pública, bem como estimular suas participações nos processos locais.

Podem encaminhar material para a Mostra: escolas, redes de meio ambiente e educação ambiental, estruturas educadoras, sociedade civil organizada, comunidades e produtoras.

Serão selecionadas as produções educomunicativas, com resolução suficiente para exibição em telão e dentro da temática socioambiental.

Não haverá premiação, tampouco pagamento para os vídeos produzidos ou selecionados. Um Termo de Cessão de Direitos para veiculação em trabalhos de educação ambiental, sem fins lucrativos, deverá ser entregue junto com a produção. O Termo estará disponível no blog do Circuito Tela Verde (http://circuitotel averde.blogspot. com) e deverá ser corretamente preenchido e encaminhado assinado pelo autor ou responsável, com firma reconhecida.

Àqueles que optarem pelo encaminhamento online, deverá ser feito por meio dos e-mails educambiental@ mma.gov.br ou sibea@mma.gov. br, e o Termo de Cessão de Direitos encaminhado para o endereço de correspondência. Caso o Termo não seja encaminhado, o vídeo será desclassificado. Já os que optarem por encaminhar em formato digital (CD, DVD), deverão enviar o Termo junto com a mídia para: Ministério do Meio Ambiente - Esplanada dos Ministérios - Bloco B – Departamento de Educação Ambiental – CEP: 70068-900 - Brasília – DF.

Dúvidas também podem ser tiradas pelos telefones (61) 3317 1288 / 1188.

O Circuito Tela Verde é uma das ações de educomunicação do DEA/MMA, em sintonia com os princípios do Programa Nacional de Educação Ambiental e em comemoração aos 10 anos da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n° 9.795/99).



04/02/2010

Midia Social e Sustentabilidade - O Futuro Já Chegou

Nova publicidade é menos impactante ao meio ambiente

Autor: Henrique Mendes *

O conceito de mídia social precede a internet, ainda que o termo nunca tivesse sido utilizado, no entanto este conceito está mais atual do que nunca. A idéia consiste em produzir e publicar conteúdo de forma descentralizada e tem como pilar principal a interatividade. Significa produzir muito para muitos.

A internet mudou muito as exigências e expectativas do consumidor, não se consegue mais o mesmo resultado seguindo a mesma fórmula, o que se tornou o grande desafio da publicidade, acompanhar a velocidade das transformações da mídia atual.



O Brasil conta com cerca de 67 milhões de usuários da internet e cerca de metade deles participam em pelo menos uma rede social. Novas ferramentas de mídia social vêm surgindo e se estabelecendo, democratizando a propaganda, o que significa uma grande mudança na estrutura de poder social, pois a possibilidade de gerar conteúdos e influenciar pessoas e decisões deixa de ser exclusividade de grandes companhias.



As empresas agora buscam acompanhar esta evolução de modo a promover suas marcas, produtos e serviços. No entanto é necessário entender a cultura do consumidor, aprender o que eles consideram importante e investir nisso. Algumas delas já encontraram este caminho.



A Nike por exemplo em 2008 junto com a Best Buy criou uma plataforma chamada GreenXchange, com o objetivo de permitir as empresas publicar patentes associadas com inovações tecnológicas ligadas à sustentabilidade. Algo similar também é feito à bastante tempo pela empresa MAIS projetos que disponibiliza gratuitamente na internet, cases de boas práticas sustentáveis de empresas, além de promover palestras técnicas gratuitas embasadas por enquetes para descobrir qual o tema de interesse do público alvo.



E tratando-se de sustentabilidade, tem-se neste um tema diretamente convergente com o uso das ferramentas disponíveis pela internet. A nova publicidade é muito mais barato e menos impactante ao meio ambiente.

Chega de panfletos e cartazes nas ruas, esqueça os outdoors. As ferramentas de mídia social disponíveis permitem um alcance muito maior, mais rápido e com um feedback mais honesto e enriquecedor, tudo isso aliado ao fato de que não é necessário imprimir uma folha sequer. Vídeos promocionais podem ser divulgados, fotos e folders compartilhados e eventos agendados, tudo de modo virtual, para um público específico, que partilhe dos mesmos valores que os seus. Ganha a empresa, ganha o consumidor e ganha o meio ambiente.



Vale lembrar que neste novo modelo de marketing as regras antigas agora valem mais do que nunca. A transparência e um conteúdo verdadeiro são fundamentais para manter a credibilidade da empresa.



Os usuários exigem das empresas um conteúdo relevante, verdadeiro e uma postura ativa, pois com as facilidades da internet, uma abordagem superficial ou greenwash podem ser facilmente identificadas, sendo eficazmente destrutiva na mesma velocidade com que a promovem.



* Henrique Mendes é MBA em Gestão Ambiental e Coordenador Técnico do Instituto Mais

Projeto cria programa de incentivo ao uso de bicicletas

Por Rodrigo Bittar, da Agência Câmara

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6474/09, do deputado Jaime Martins (PR-MG), que cria o Programa Bicicleta Brasil (PBB) nos municípios com mais de 20 mil habitantes. A proposta destina 15% do valor arrecadado com multas de trânsito para financiar o programa.



Entre os objetivos do programa estão:



- apoiar estados e municípios na instalação de bicicletários públicos e construção de ciclovias e ciclofaixas;



- promover a integração das bicicletas ao sistema de transporte público coletivo;



- promover campanhas de divulgação dos benefícios do uso da bicicleta como meio de transporte econômico, saudável e ambientalmente adequado.

A proposta também inclui essas atribuições entre as atividades que podem ser financiadas com recursos da Cide-Combustíveis, por meio de alteração na lei que fixa os critérios desse tributo (Lei 10.636/02), e no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).



Contribuições e doações



O PBB também será financiado por dotações orçamentárias de todos os níveis de governo e por contribuições e doações de organizações, pessoas físicas e jurídicas nacionais e estrangeiras. A execução do PBB será responsabilidade dos setores públicos e privados ligados ao trânsito e à mobilidade urbana.



Segundo o deputado, a melhoria das condições de mobilidade urbana "é um dos grandes desafios do poder público nos tempos atuais". Paralelamente, ele lembra da necessidade de se buscar a redução da emissão de poluentes e de gases do efeito estufa. "Essa circunstância tem levado os governos, em vários locais do planeta, a voltarem suas atenções para a bicicleta como meio de transporte".



Tramitação



O projeto tramita de forma conclusiva pelas comissões de Viação e Transportes; de Desenvolvimento Urbano; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Edição - Newton Araújo)



(Envolverde/Agência Câmara)